quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TEORIA DA GLICOSILAÇÃO


A modificação de proteínas pela glicose e a associação de reações de Maillard levam à formação de ligações cruzadas graduais no colágeno que são características nos indivíduos idosos, levando à deterioração estrutural e funcional dos tecidos. As reações de Maillard resultam da ligação covalente de um grupo aldeído livre do açúcar com um grupo amina livre, da proteína.
Com o aumento da idade, é comum surgirem perturbações na regulação da homeostasia da glicose em humanos. Enquanto que em jejum a glicose sanguínea aumenta ligeiramente com a idade, após a ingestão de glicose, o seu aumento é mais acentuado. Há, aparentemente, uma diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina.
Apesar de os níveis de insulina circulante serem normais com o avançar da idade, devido à menor sensibilidade dos tecidos àquele hormônio, o aumento dos seus níveis circulantes não é suficiente para estimular a captação adequada de glicose pelos tecidos. Os níveis de glicose sanguínea aumentam e a possibilidade de ocorrerem reações de glicosilação é maior.
Os produtos finais da glicosilação podem ser coletivamente denominados AGE (advanced glycation endproducts), ou produtos Maillard avançados. As possíveis disfunções causadas pelos AGE incluem: aumento da pressão arterial devido à arterogênese, hipoteticamente por glicosilação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL); perda de acomodação ocular; incapacidade funcional das “células T de memória” e, inativação do Cu, Zn-SOD, nos eritrócitos, diminuindo a capacidade antioxidante do sangue.
A controvérsia da teoria está em saber até que ponto as proteínas com período de vida longo podem evidenciar um aumento progressivo da glicosilação relacionada com a idade, tal como tem sido observado no colágeno da pele humana. No entanto, na ausência de diabetes, nem todas as proteínas com longo período de vida revelam um aumento progressivo na glicosilação em função da idade. O cristalino de humanos normais evidencia um aumento perceptível da glicosilação que é inferior a 10% entre os 10 e os 83 anos.
Diversos estudos com restrição calórica atribuem um significado específico aos AGE nas doenças relacionadas com a idade. A restrição calórica retarda muitas alterações associadas a idade e também diminui a hemoglobina glicosilada, devido a uma redução dos níveis de glicose sanguínea.

Disponível em: http://teoriasdoenvelhecimento.blogspot.com.br/2012/09/teoria-do-envelhecimento-celular.html

Postado por Karina Marques

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