domingo, 30 de setembro de 2012

Metabolismo das células do sistema imunitário

Metabolismo das células do sistema imunitário

O metabolismo das células do sistema imunitário, como linfócitos e macrófagos, passou a ser mais bem entendido a partir de estudos realizados nos anos 80. Resultados destes trabalhos evidenciaram que a glicose e o aminoácido glutamina são os substratos preferidos por tais células para suas necessidades metabólicas. Contudo, os ácidos graxos são também avidamente consumidos e seu destino principal é a incorporação nas membranas celulares. É evidente que a composição das membranas da célula sofre um efeito direto da composição dos ácidos graxos da dieta, e, conforme a membrana é modificada, nota-se uma modulação na capacidade de ação do sistema imunitário. Não obstante, os ácidos graxos parecem ter importância também na comunicação intercelular (entre células) e na ativação celular, uma vez que existem receptores nas membranas que, quando em contato com diferentes ácidos graxos, enviam ao interior da célula informações que modulam suas “decisões”. 
A principal “linguagem” do sistema imunitário, isto é, a maneira pela qual diferentes células enviam e recebem comandos, é mediada pela produção de um tipo especial de moléculas, denominadas como citocinas. Muito do que queremos dizer ao afirmar que a atividade do sistema imunitário esta alterada é, de fato, o mesmo que afirmar que as citocinas estão sendo produzidas de modo (quantitativo e qualitativo) diferente.
Tem ficado evidente que algumas patologias supostamente não relacionadas ao sistema imunitário podem resultar na mobilização tanto de seu braço inato quanto adaptativo.  Esta agora claro também, que o comportamento de linfócitos e outros leucócitos é controlado em vários níveis por propriedades metabólicas internas. Estas propriedades metabólicas são ativamente moduladas pela exposição das células do sistema imunitário a nutrientes como glicose e ácidos graxos.
Os efeitos a longo prazo desta interação, como ocorre na obesidade, podem culminar em um aumento do risco de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardivasculares, esteatose hepática,  cirrose, câncer, asma e neurodegeneração (doença de Alzheimer). Entender os mecanismos que explicam tais associações, principalmente do ponto de vista molecular, é um dos objetivo principais da disciplina de imunometabolismo.

Inflamação – o princípio de tudo.
O tecido adiposo foi considerado durante longo tempo como um tecido de baixa atividade metabólica. Hoje sabemos que este tecido é muito ativo metabolicamente. Em cada adipócito (células do tecido adiposo que armazenam gordura) são produzidas dezenas de moléculas que ganham a circulação e tem ação em tecidos periféricos, funcionando de modo mimético aos hormônios. De fato, diversos autores já consideram o tecido adiposo como uma glândula endócrina, ganhando o status de maior glândula endócrina no organismo. As moléculas, ou hormônios, secretados pelos adipócitos são denominadas “ADIPOCINAS”, devido a muitas serem similares, ou mesmo iguais as CITOCINAS (aquelas responsáveis pela linguagem do sistema imunitário). Algumas citocinas têm funções reguladoras do apetite (ex. leptina), do metabolismo da insulina (ex. adiponectina), e da inflamação (resistina, TNF-α, IL-6). Na obesidade os adipócitos aumentam em tamanho (hipertrofia), e ocorre aumento na síntese das adipocinas pró-inflamatórias e redução das antiinflamatórias. Este processo contribui para o início de um quadro inflamatório sistêmico, denomimado inflamação crônica de baixo grau. Este quadro irá contribuir para com diversas complicações da obesidade.

Mas...o que é inflamação?
Classicamente na literatura, inflamação é descrita como uma resposta corporal protetora que tem por objetivo isolar e eliminar agentes invasores (Ex. Microorganismos). Esta resposta costuma desencadear modificações teciduais que levam ao surgimento das características modificações denominadas por DOR, CALOR, RUBOR, EDEMA E PERDA DE FUNÇÃO.

Metabolismo das células do sistema imunitário
          O metabolismo das células do sistema imunitário, como linfócitos e macrófagos, passou a ser mais bem entendido a partir de estudos realizados nos anos 80. Resultados destes trabalhos evidenciaram que a glicose e o aminoácido glutamina são os substratos preferidos por tais células para suas necessidades metabólicas. Contudo, os ácidos graxos são também avidamente consumidos e seu destino principal é a incorporação nas membranas celulares. É evidente que a composição das membranas da célula sofre um efeito direto da composição dos ácidos graxos da dieta, e, conforme a membrana é modificada, nota-se uma modulação na capacidade de ação do sistema imunitário. Não obstante, os ácidos graxos parecem ter importância também na comunicação intercelular (entre células) e na ativação celular, uma vez que existem receptores nas membranas que, quando em contato com diferentes ácidos graxos, enviam ao interior da célula informações que modulam suas “decisões”. 

Esta é uma resposta adaptativa de curto prazo, essencial também para o reparo dos tecidos lesados. Contudo, uma inflamação prolongada freqüentemente traz conseqüências deletérias, pois diversas citocinas produzidas durante o processo afetam a fisiologia normal de outros órgãos e sistemas corporais. E é este o caso observado em diversas doenças metabólicas, onde muitas citocinas características do processo inflamatório aparecem em concentrações alteradas na circulação (mesmo sem a presença de um agente invasor como microorganismos), e permanecem elevadas durante períodos prolongados.
Na obesidade, por exemplo, o mecanismo pode ser iniciado pelas adipocinas, e potencializado pelas citocinas, uma vez que, conforme o tecido adiposo aumenta e produz mais hormônios (adipocinas), o sistema imunitário torna-se ativado e também modifica seu padrão de produção de citocinas. Um dado que chama a atenção, é que conforme o tecido adiposo aumenta, células do sistema imunitário invadem este tecido e ali se alojam, conforme a figura abaixo.
 De fato, a obesidade e a inflamação estão intimamente associadas. Porém, algumas questões ainda esperam por respostas que o estudo do imunometabolismo tenta responder. Por exemplo, quais os mecanismos biológicos que relacionam as complicações da obesidade e o sistema imunitário? Como o entendimento de tais sistemas pode auxiliar no tratamento das complicações da obesidade através da nutrição, da atividade física e da clínica médica? 


Fonte: Immunometabolism: uma fronteira emergente. Narure Imunologia. Diane Mathis. v11, 2011

Postado por: Karina Brandes, Ana Carolina Batista Biscaia, Dayane Soares.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Injeção contra o Colesterol


Uma injeção é a nova opção em estudo para reduzir a concentração do LDL, conhecido como o colesterol ruim por sua capacidade de entupir as artérias do coração, aumentando o risco de infarto. Os promissores resultados dos primeiros testes em humanos foram apresentados recentemente durante o encontro da Associação Americana de Cardiologia, um dos mais importantes do mundo na área. Os participantes da pesquisa que receberam a maior dose do remédio tiveram uma redução média 64% maior nas taxas do LDL em comparação com os voluntáriosque receberam placebo.

Criada pela empresa de biotecnologia Amgen, a medicação é inovadora em dois sentidos. É a primeira a ser ministrada via injeção. Também é o primeiro anticorpo monoclonal contra o colesterol. Esse tipo de medicamento, já usado por exemplo no tratamento de alguns tipos de tumores, é uma das estratégias de tratamento mais modernas da medicina. Eles são criados para atuar sobre pontos específicos característicos de cada doença. É como se fossem flechas direcionadas para alvos precisos, o que aumenta sua chance de eficácia. 

No caso do colesterol, o foco é a proteína chamada PCSK9. Ela está envolvida no metabolismo das gorduras do sangue e prejudica a capacidade do fígado de eliminar o LDL. Para impedir sua atuação, os pesquisadores criaram o anticorpo monoclonal AMG 145. “Nos testes, verificamos que a molécula de fato reduz a ação da proteína”, disse à ISTOÉ o cardiologista Scott Wasserman, do Departamento de Desenvolvimento Clínico da Amgen. Além da queda na concentração de LDL, houve também redução do colesterol total (soma de todos os gêneros de colesterol) e não foi registrado impacto sobre os níveis do HDL, o bom colesterol (ele ajuda o organismo a limpar os vasos sanguíneos dos depósitos de gordura). 

Em princípio, a medicação seria indicada para os pacientes com dificuldade de responder ao tratamento convencional, baseado em dieta, exercício físico e remédios orais quando necessário. Animada com os resultados, a companhia lançou a segunda fase dos estudos em humanos para determinar doses ideais e a frequência das aplicações. “É preciso realizar o estudo em larga escala a fim de poder avaliar o uso dessa terapia na prática clínica”, diz o cardiologista Costantino Costantini, diretor do Hospital Cardiológico Costantini, de Curitiba.  
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Postado por: Aline Borato e Caroline Ribas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mitose

Bom galera, tava lendo sobre o 'processo' da mitose e resolvi compartilhar.

  'De forma prática, podemos entender que na mitose a célula se duplica para dar origem a duas novas células. Estas são conhecidas como células filhas (formadas a partir da divisão celular) e são idênticas uma da outra, uma vez que foram formadas a partir de uma única célula.

  Prófase

  Nesta fase, as células começam a se preparar para a divisão. É neste momento que ocorrerá a duplicação do DNA e centríolos. Com o DNA condensado e os centríolos em movimento, inicia-se o processo da divisão mitótica.

  Metáfase

  Aqui começa o alinhamento entre os pares formados na fase anterior. Nesta etapa, o DNA alinha-se no eixo central enquanto os centríolos iniciam sua conexão com ele. Dois fios do cromossomo se ligam na parte central do centrômero.

  Anáfase

  A divisão começa com os cromossomos migrando para lados opostos da célula, metade vai para um lado e a outra metade vai para o outro.

  Telófase

  Esta é a última fase da mitose. Nesta etapa a membrana celular se divide em duas partes, formando, assim, duas novas células. Cada uma delas ficará com metade do DNA original.

  Interfase

  Este é o estado “normal” da célula, ou seja, aqui ela não se encontra em divisão. Nesta fase, ela  mantém o equilíbrio de todas as suas funções através da absorção dos nutrientes necessários à sua manutenção. Ela permanecerá neste estágio até estar preparada para uma nova divisão, que ocorrerá a partir da duplicação dos ácidos nucléicos. A partir de então, o ciclo se reinicia.'

E uma imagem só pra ilustrar


Imagem retirada do site: https://www.facebook.com/biodadepressao

Por: Geovanna B. S. Ambrosio

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Células-tronco


Células-tronco neurais (em verde) neurônio (em roxo).
As células tronco podem ser definidas como células indiferenciadas capazes de auto renovação.
Ate pouco tempo acreditava se que apenas as células tronco embrionarias eram capazes de se diferenciar em células de origem ectoderma ,endoderma e mesodermica.

Após vários estudos, comprovaram que células tronco de um tecido pode se transformar em outras, exemplo células tronco do encefalo se transformarem em células sanguineas.

Ate então desconhecia a funcionalidade de multipotência e presença em adultos.
Outro estudo revelador foi a facilidade de manipular células tronco de adultos,quanto há dificuldade nas embrionárias devido sua espontaneidade de diferenciação.

Para diferenciação dessas células é necessario receber um sinal ou estimulo, este reprime ou ativa genes na celula, isso pode alterar a forma, estrutura, moléculas e produtos da célula, modificando sua interação com outras células, ploriferando se, podendo permanecer no lugar ou migrando.

Em um estudo sobre perdas cerebrais devido stress em ratos adultos, cientistas descobriram novas células nervosas podendo ser neurais e gliares.
Isso aconteceu quando foi inibido os sinais de GABA (ácido gama- aminobutírico) pelo antidepressivo que assim proporcionaram a diferenciação de celulas tronco latentes no
proprio cérebro, inovando o conceito passado de células tronco restrito a migrações.

A funcionalidade das células tronco esta diretamente relacionada a diferenciação por indução de sinais.
Interações com o clima, comportamento psicológico e químicos, são exemplos de desencadeadores de reação.

Concluindo não só com celulas tronco mais com as diversas celulas que compõem os seres vivos estão sujeitas as interações pelo meio, repercutindo na sua evolução ou extinção.
Fontes:

Por:
Ana Paula G R Rocha
Anelize Felicio

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

3 de setembro, Dia do Biólogo

Oii colegas, quero parabenizar todos nós, BIÓLOGOS, por esse dia.
Vamos continuar cuidando tanto animal quanto vegetal.


Juramento do Biólogo:
“Juro pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os princípios éticos do Biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com honestidade, em defesa da vida estimulando o desenvolvimento Científico, Tecnológico e Humanístico com justiça e paz”


Por: Geovanna B. S. Ambrosio