quinta-feira, 15 de novembro de 2012

7 doenças genéticas raras

Oi pessoal, tava lendo a revista Superinteressante e vi uma reportagem que gostei muito. Vou publica-la aqui para ficar mais fácil para vocês. Caso se interessem, no site da revista tem muita reportagem bem interessante.


7 doenças genéticas raras

Jessica Soares 14 de novembro de 2012

Algumas demoram anos para se manifestar, outras podem provocar a morte até poucos dias depois do nascimento. As mais raras doenças conhecidas pelo homem são aquelas causadas por “problemas de fábrica” – doenças genéticas, provocadas por anormalidades em genes e cromossomos. O National Human Genome Research Institute, nos EUA, conduz pesquisas que ajudam a entender melhor as causas destas doenças e o seu tratamento, e mantém em seu banco de dados vasta informação sobre avanços e descobertas. A SUPER listou 7 destas raras doenças genéticas – conheça-as:


1. Síndrome de Chediak-Higashi
Menos de 200 pessoas no mundo foram identificadas com este distúrbio genético que afeta o sistema imunológico, impedindo o corpo de se defender de vírus e bactérias. Além das sérias infecções que geralmente provocam a morte dos pacientes ainda na primeira década de vida, os afetados pela Síndrome de Chediak-Higashi também são albinos e sofrem com hemorragias. Acredita-se que a doença é causada por uma mutação no gene responsável pela regulação do transporte de materiais dentro dos lisossomos, responsáveis por destruir substâncias tóxicas presentes nas células. No entanto, como o quadro clínico da doença ainda não foi completamente composto, a condição permanece enigmática.

2. Alcaptonúria
Esbarrar por acaso com alguém que sofre desta rara doença genética não é fácil: a alcaptonúria afeta apenas 1 pessoa em cada 1.000.000 de nascimentos. O quadro clínico é causado por uma deficiência da enzima oxidase do ácido homogentísico, ácido tóxico resultante do metabolismo da tirosina, um aminoácido importante para construção de blocos de proteínas. O resultado da ausência dessa enzima é o acumulo do ácido no organismo, principalmente em tecidos conectores, o que causa artrite e fraturas ósseas. Para identificar a doença, um dos principais indícios é a presença do ácido homogentísico na urina, que faz com que ela fique escura quando em contato com o oxigênio. Problemas no coração, pedras nos rins e na próstata são alguns dos outros sintomas causados pela Alcaptonúria.

3. Síndrome de Hermansky-Pudlak
A mutação de pelo menos oito genes está ligada ao desenvolvimento da Síndrome de Hermansky-Pudlak, doença mais frequente em Porto Rico e nos Alpes suíços, que afeta entre 1 em 500.000 e 1 em 1.000.000 de indivíduos no mundo. Além de enfrentarem problemas no funcionamento dos pulmões, intestino, rins e coração, os afetados pela Síndrome sofrem também com a diminuição na pigmentação da pele (que causa albinismo) e problemas de sangramento devido a uma deficiência no armazenamento de plaquetas – que, como você aprendeu nas aulas de biologia, são fundamentais para a coagulação do sangue.

4. Síndrome de Bardet-Biedl
Obesidade, polidactilia (dedos extras nos pés ou nas mãos), deficiências no aprendizado, diabetes, doenças renais e malformações cardíacas – estes são alguns dos sintomas nada agradáveis da Síndrome de Bardet-Biedl (BBS), que atinge aproximadamente 1 pessoa a cada 160.000 nascimentos. Apesar de a doença ter sido descrita há mais de 80 anos, apenas recentemente foi descoberto que a BBS pode ser causada por mutações em pelo menos 12 genes, e o National Human Genome Research Institute conduz atualmente estudos para entender melhor suas causas e desenvolvimento.

5. Doença de Gaucher
Uma deficiência na enzima beta-glicosidase, responsável por digerir os lipídios presentes no interior das células, é responsável pelo desenvolvimento da Doença de Gaucher. Sem essas enzimas, o acúmulo dessas substâncias danifica órgãos e tecidos. Aproximadamente 1 em cada 100.000 pessoas é afetada pela doença genética que, além de provocar o aumento do fígado e do baço e a diminuição de plaquetas, pode causar doenças ósseas, cirrose, fibrose e desconforto abdominal. Em casos onde a doença se desenvolve antes do nascimento ou na infância, pode causa inchaço, anormalidades na pele e sérios problemas neurológicos, geralmente levando à morte.

6. Leucodistrofias
Se você assistiu ao filme O Óleo de Lorenzo provavelmente já conhece um pouco sobre os problemas causados pela leucodistrofia, distúrbio genético que causa a destruição da bainha de mielina – película que protege os nervos e permite os impulsos nervosos. No longa-metragem, lançado em 1992 e inspirado em fatos reais, o garoto Lorenzo sofre com adrenoleucodistrofia (também conhecida como ADL), uma leucodistrofia que atinge aproximadamente 1 em cada 50.000 indivíduos. Apesar do óleo apresentado no longa ajudar a adiar ou reduzir os efeitos da doença, não existe ainda um tratamento definitivo para as leucodistrofias e estudos estão sendo conduzidos atualmente para entender melhor suas causas. Entre os sintomas da doença estão problemas de percepção, disfunção adrenal, perda da memória, da visão, da audição, da fala, deficiência de movimentos e demência.

7. Doença de Huntington
Você já deve ter ouvido por aí, mas saiba que lá vem um pequeno spoiler: Remy Hadley, personagem do seriado House mais conhecida como Treze, é portadora de uma rara doença genética que atinge 3 ou 7 pessoas a cada 100.000. A integrante da equipe do temperamental doutor-detetive sofre com um distúrbio neurológico hereditário e degenerativo causado por uma mutação genética no cromossoma 4. Este defeito tem como resultado a malformação da proteína “huntington”, que se acumula no cérebro e causa a morte das células nervosas na área responsável pela coordenação de movimento, e no córtex, que controla a percepção, pensamento e memória – funções que são mais freqüentemente afetadas com a progressão da doença cujos sintomas geralmente aparecem na vida adulta.

Site da Revista Superinteressante: http://super.abril.com.br/

Geovanna B. S. Ambrosio

6 comentários:

  1. Eu assisti esse filme óleo de Lorenzo, tem tudo a ver com a biologia, é triste por que se trata de uma história real, tem cenas muito chocantes, o Lorenzo verdadeiro morreu a poucos anos e os pais dele foram verdadeiros heróis e reconhecidos pela medicina depois de todas as lutas e estudos sobre a doença, e infelizmente até onde eu sei o óleo ainda não está disponibilizado a todas as pessoas que tem leucodistrofia.

    Dayane Soares

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  2. Para 2014 uma equipe de San Diego está trabalhando para criar a melhor droga possível derrotar a doença de Huntington. Derrotando o HD com uma tecnologia de silenciamento de genes-revolucionário que, se bem sucedido, que atacam a doença em suas raízes genéticas.
    Uma tecnologia de ponta conhecida como oligonucleotídeos antisense, ou ASOs. DNA, o bloco de construção da vida, corre nossas células, comanda a síntese proteica através do envio de mensagens com uma outra molécula chamada RNA mensageiro.
    Como codificadas pelo DNA, o RNA tem um modelo muito específico, algo semelhante a uma tomada elétrica única em que um plug pode caber. RNA é conhecida como uma molécula de sentido, e Isis fabrica ASOs específicos, filamentos artificiais de DNA, para atuar como moléculas anti-sentido, as fichas de ligação que controlam o RNA.
    Os ASOs cumprir dois objetivos. Em primeiro lugar, porque destroem a huntingtina RNA e, assim, evitar a produção da proteína huntingtina. Em segundo lugar, eliminando o RNA removem-no como uma causa potencial de outros problemas na célula.
    Através desse vídeo chocante http://www.youtube.com/watch?v=fHxIFyLl_EA . Eles disponibilizam um site : http://www.hdsa.org/gene-veritas-addresses-the-public-on-hd-as-ken-serbin.html o qual tem inúmeras informações a respeito da doença.
    Em uma dessas reportagens a disponível em : http://www.curehd.blogspot.com.br/. li está possível boa noticia.
    Anelize Felicio

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  3. Podemos adicionar a essa lista a distrofia muscular que é uma das alterações genéticas mais comuns em todo o mundo. De cada 1.000 nascidos vivos, um é portador de algum tipo de distrofia muscular. Essa incidência supera a de doenças como o câncer infantil, que é de aproximadamente um para 4.500 nascidos, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

    Encontrei no R7 um lista de doenças genéticas raras que mais atingem os brasileiros
    http://noticias.r7.com/saude/noticias/conheca-os-tipos-de-doencas-raras-que-mais-atingem-os-brasileiros-20100228.html

    Vale a pena ler!

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  4. Eu conheço um caso de Distrofia Muscular de uma pessoa do meu convívio que para 'driblar' a doença, faz Educação Física para conhecer o corpo humano e conhecer exercícios que ajudem a melhorar.
    Geovanna Ambrosio.

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  5. SÍNDROME DE ZELLWEGER
    A síndrome de Zellweger é uma doença rarissima, Ela ocorre em 1 em cada 50.000 a 100.000 nascimentos. é caracterizada pela redução ou ausência de peroxissomos nas células do cérebro, fígado e rins. As células não têm a capacidade de executar, nos peroxissomos, a beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia longa. Como o peroxissomo não vem de nenhuma outra organela (apenas se divide de outro), o organismo do indivíduo afetado não poderá fazer as oxirreduções necessárias à sobrevivência dele, levando-o à morte.
    Isto se deve a uma deficiência genética em um dos vários genes envolvidos na biogênese peroxissomal. Tipicamente apresenta-se no período neonatal e é normalmente fatal. Os peroxissomos apresentam-se "vazios", pois existe uma deficiência na importação de proteínas. Logo não ocorrendo as reações oxidativas características da organela. A maioria das crianças com síndrome de Zellweger morre no primeiro ano de vida pois apresentam anomalias severas no cérebro.
    CARACTERISTICAS CLINICAS
    Crianças com esta síndrome apresentam face achatada, fontanela anterior grande, testa alta proeminente, o osso occiptal achatado, fissura palpebral, ponte nasal larga, epicanto, hipoplasia e arcadas superciliares. Macrocefalia ou microcefalia, palato ogival, dobras cutâneas redundantes podem estar presentes. Já em pessoas adultas com a síndrome A catarata, o glaucoma, o nistagmo e a atrofia do nervo óptico podem ser vistos também. Alterações visuais e perda porgressiva, perda auditiva neurossensorial,
    As alterações osteoarticulares são frequentes. A função do sistema nervoso central é severamente afetada (hipotonia muscular profunda hiporreflexia ou arreflexia, carencial intelectual grave).
    A Síndrome de Zellweger é frequentemente suspeita do diagnóstico físico e definitivamente confirmado com a avaliação bioquímica ou ainda, suspeitada durante o exame de ultra-som pré natal ( hidronefrose).



    Fonte: http://saude.psicologiananet.com.br/palavra-chave/sindrome-de-zellweger

    Postado por Karine Ferraz Sperling

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  6. Interessante a matéria. Gostaria que vocês relacionassem as doenças mencionadas com a área de Biologia Celular.

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