terça-feira, 19 de junho de 2012


Nova estratégia ativa diretamente a "Proteína da Morte” Celular

                Pesquisadores da Dana-Farber/Children, Hospital Câncer Center, desenvolveram uma estratégia para ativar diretamente a "morte" natural de uma proteína, provocando a autodestruição das células. Eles
dizem que essa estratégia poderia representar um novo paradigma para a concepção de drogas contra o câncer.
                Em um artigo publicado como “uma publicação de linha avançada” pela Nature Chemical Biology, os cientistas liderados por Loren Walensky, MD e PhD, relataram que identificaram um composto protótipo que "aciona um interruptor" para ativar diretamente uma das proteínas de morte celular mais poderosas, conhecida como BAX, desencadeando a apoptose, ou autodestruição de células indesejáveis.
Tendo identificado o “interruptor" para a proteína BAX há vários anos, agora temos uma pequena molécula que pode ligar-se diretamente a esta proteína da morte”, diz Walensky, autor sênior do relatório.
 O primeiro autor, Evripidis Gavathiotis, PhD, realizou a pesquisa no laboratório de Walensky, atualmente ele é professor assistente no Albert Einstein College of Medicine, em Nova York.
                O desenvolvimento dessa pesquisa induziu a descoberta pela equipe Walensky de algo diferente sobre a proteína BAX, que poderia convertê-lo de uma forma quiescente à uma forma ativa. Quando ativadas, as danos BAX das células mitocondriais, sinais de liberação quebram a célula à parte e digerem suas estruturas. Este processo de morte celular programada é parte de um mecanismo de verificação ao equilíbrio natural para controlar a vida e a morte celular.
                Em busca de compostos moleculares que poderiam ativar a BAX, os investigadores usaram um computador baseado em triagem para peneirar 750.000 pequenas moléculas de bibliotecas disponíveis comercialmente. A busca resultou na identificação de um composto  molécular chamado BAM7 (BAX Molecule Activator 7), que seletivamente desencadeou a "chave" da proteína BAX, transformando-a em uma proteína ativa da morte.
                "Uma molécula nunca foi identificada antes de ativar diretamente a BAX e induzir a morte celular exatamente dessa forma", explica Gavathiotis. "Porque BAX é um ponto crítico de controle para regular a morte celular, sendo capaz de destiná-la e assim, seletivamente abre a porta para uma nova estratégia terapêutica para o câncer e outras doenças, e talvez, do excesso celular. Mas como ativar a morte celular não mata as células saudáveis e normais de um paciente? Os pesquisadores dizem que outros compostos agora em ensaios clínicos que visam a via de apoptose não demonstraram tais efeitos secundários. Gavathiotis sugere que existem proteínas suficientes de sobrevivência extra em células normais para protegê-las contra a pré-morte BAX. As células cancerosas, porém, estão sob estresse e seu mecanismo de sobrevivência é esticado ao limite, de modo que um ataque da BAX empurre as células sobre a beira da auto-destruição.
                O grupo Walensky anteriormente desenvolvia outros compostos destinados a estimular a apoptose das células cancerosas. Tentavam fazê-lo, pelo bloqueio, pela "morte" anti-proteínas, mobilizadas pelas células cancerosas para evitar BAX, assim, outras moléculas de morte poderiam exercer a sua atribuição bloqueando a "morte" anti-proteínas e ativando as proteínas "pré-morte" ao mesmo tempo. A BAM7 é o primeiro composto que evita o combate com proteínas de células de cancro da sobrevivência e liga-se diretamente e seletivamente à BAX para ligar a morte celular quase que automaticamente.
                 “Nós achamos que a pequena molécula alvo da BAX é viável e pode levar a uma nova geração de moduladores apoptóticos que ativam diretamente as proteínas BCL-2 em câncer e outras doenças patológicas movidas por apoptose", escrevem os autores.
  
   
                Walensky e seus colegas continuam a trabalhar na BAM7, que é um protótipo de drogas que possam um dia ser aprovadas para o tratamento de câncer. Várias empresas de biotecnologia já manifestaram interesse em desenvolver o composto, ele diz.
- Artigo publicado por Dana-Farber Cancer Institute.



Ass: Renata H. Parrino

12 comentários:

  1. Esse artigo estava em inglês, eu o encontrei nesse site - http://www.dana-farber.org/Newsroom/News-Releases/New-strategy-directly-activates-cellular-death-protein.aspx -por isso eu o traduzi pelo Google e arrumei de forma que todos entendessem, o artigo fala sobre a descoberta de uma proteína cuja principal função é atingir diretamente células indesejáveis e cancerosas sem prejudicar células saudáveis, indo diretamente em células que já se encontravam fracas e que seus mecanismos de defesa estivessem debilitados, assim destruindo tais células através de apoptose, ou morte celular programada. É interessante ter conhecimento de pesquisas desse tipo, porque mesmo ainda não havendo a cura propriamente dita, temos mecanismos que nos permitem achar "brechas" ou caminhos para posteriormente encontrarmos a cura de doenças assim, e a proteína BAX é um exemplo disso.

    Ass: Renata H. Parrino

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  2. Procure algo mais a respeito da proteína BAX? Aguardo comentários dos colegas?

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  3. Encontrei nesse site uma matéria sobre a proteína BAX
    "Pequena proteína previne doenças relacionadas com morte celular"
    http://emedix.uol.com.br/not/not2003/03mai09gen-nat-tpp-proteina.php

    Aline Borato

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  4. Encontrei nesse site uma matéria sobre " Pequenas proteína previne doenças relacionadas com morte celular". Acho que vale a pena conferir.
    http://emedix.uol.com.br/not/not2003/03mai09gen-nat-tpp-proteina.php
    Aline Borato

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  5. Encontrei nesse site: http://evunix.uevora.pt/~fcs/bioh18.pdf , dizendo que a proteína Bax pode ligar-se ao megaporo de transição da permeabilidade mitocondrial,juntamente com o translocador do nucleótido adenina, aumentando a permeabilidade da membrana da mitocôndria e desencadeando a morte celular.
    É isso que ocorre?

    Fernanda Colombo

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  6. Muito interessantes as informações Aline Borato,como os pesquisadores conseguem encontrar soluções para doenças tão complexas como essas através de uma interação de proteínas não é? Por isso é tão necessário o entendimento das células e suas propriedades, dessa maneira o ser humano ainda poderá encontrar soluções ainda mais eficientes e talvez até achar a cura de doenças tão fortes e destrutivas como essas...
    Um simples conhecimento de como uma mitocôndria funciona e de como ela age na célula já é uma informação de grande importância se tratando de doenças que atingem diretamente as células.

    Renata H. Parrino

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  7. Uma estratégia para ativar a morte natural de uma proteína, provocando a autodestruição das células.
    Auxilia no equilíbrio natural para controlar a vida e a morte celular.
    Isso é bom.
    Comentário de: Saline Rocha

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  8. Aguardo comentários de outros alunos.

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  9. Discutir a importância do processo de morte celular programada.

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  10. A morte celular programada é fundamental para a homeostasia do organismo, sendo de elevada importância no sistema imunológico. Esta importância reflete-se tanto na quantidade como na diversidade de situações nas quais este mecanismo atua. A apoptose atua essencialmente por duas vias, por indução e por negligência, contribuindo para a manutenção da integridade deste sistema. A sua regulação nas células linfóides, executa-se através da conjugação de sinais de receptores de identidade (imunoglobulinas e TcR) e de receptores mortíferos.

    fonte: http://biohelp.blogs.sapo.pt/tag/imunologia

    postado por Gislaine

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  11. Explicar melhor o que seria homeostasia do organismo?

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  12. A homeostase é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular).
    Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém:
    a concentração apropriada de substâncias químicas, mantém a temperatura
    e a pressão adequadas.
    Por: Fernanda Colombo

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