quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cientistas conseguem transformar células da pele em tecido cardíaco


Cientistas afirmam ter conseguido transformar, em laboratório, células da própria pele de pacientes em tecido de coração.

Em última análise, eles esperam que células-tronco possam ser utilizados para tratar pacientes com insuficiência cardíaca.
Como as células transplantadas são do paciente, o problema da rejeição de tecidos seria evitado, disseram os cientistas ao European Heart Journal.
Os primeiros testes em animais mostraram-se promissores, mas o tratamento ainda está a anos de ser usado em pessoas.
Especialistas têm usado cada vez mais células-tronco para tratar uma variedade de problemas cardíacos e outras condições como a diabetes, doença de Parkinson ou Mal de Alzheimer.
As células-tronco são importantes porque têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células, e os cientistas estão trabalhando para levá-las a reparar ou regenerar órgãos danificados ou tecidos.
'Nova e emocionante'
No mais recente estudo, uma equipe de Israel usou células da pele de dois homens com insuficiência cardíaca e as misturou, em laboratório, a um coquetel de genes e produtos químicos.
As células-tronco que eles criaram eram idênticas às células musculares saudáveis do coração. Quando estas células foram transplantadas para um rato, eles começaram a fazer ligações com o tecido do coração no entorno.
O professor pesquisador Lior Gepstein, disse: "O que é novo e instigante nessa pesquisa é que mostramos que é possível retirar células da pele de um paciente idoso com insuficiência cardíaca avançada e chegar a uma amostra de laboratório de células saudáveis e jovens - em estágio equivalente ao das células do coração quando o paciente nasceu".
Os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários antes que possam começar os testes em seres humanos.
Dr. Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Esta é uma área muito promissora de estudo. No entanto, ainda temos um caminho a percorrer antes que essas descobertas possam ser aplicadas."

postado por: Geovanna B. S. Ambrosio

13 comentários:

  1. E aí está mais uma inovação das células tronco. Ando acreditando que com essas pesquisas sobre as c.t. muita coisa tende a mudar.Imaginem como seria se conseguissem a partir delas desenvolver células nervosas.
    Ass: Herbert

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  2. As células tronco são a chave para cura ou o atrasamento de doenças degenerativas, como a doença de Parkinson ou o Mal de Alzheimer, principalmente por terem grande capacidade de diferenciação, acho que os cientistas estão andando pelo caminho certo, mesmo que ainda falte muito estudo e muita luta para utilizar as células tronco, dependendo de onde forem, como por exemplo as células do embrião, porque aí vai toda uma questão religiosa também.
    Ass: Renata H. Parrino

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  3. Muito produtivo os comentários. Como as células-tronco poderiam promover a cura ou retardar a progressão(ao invés de atrasamento) das doenças degenerativas do cérebro?

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  4. Relacionar melhor o estudo das células-tronco com a área de Biologia Celular.

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  5. Estou aguardando respostas para as questões acima?

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  6. REGENERAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
    Há cerca de 50 anos ainda se acreditava que o sistema
    nervoso adulto não seria capaz de se regenerar após trauma
    ou lesão. Na década de 1960, Altman mostrou que células,
    em divisão no encéfalo adulto, poderiam originar novos
    neurônios, fato confi rmado por Kaplan na década de 1970.
    O fenômeno da neurogênese foi observado pela primeira vez
    em pássaros na década de 1980. Na década de 1990, células-tronco neurais multipotentes foram isoladas do encéfalo
    de roedores adultos. Posteriormente, observou-se a neurogênese em roedores adultos e primatas e, finalmente, em
    humanos adultos. Recentemente, demonstrou-se a presença
    de novos neurônios no hipocampo, funcionais no sistema
    nervoso adulto.
    A descoberta da neurogênese em regiões específi cas do encé-
    falo adulto, como a zona subventricular (ZSV), o hipocampo e
    o bulbo olfatório trouxe novas perspectivas para as pesquisas
    relacionadas à terapia celular e regeneração do sistema nervoso.
    Pesquisas recentes mostraram que a neurogênese está intimamente relacionada a exercícios físicos e atividades que sejam
    prazerosas. Camundongos submetidos a diferentes atividades
    físicas espontâneas (mas não as forçadas) tiveram aumento na
    neurogênese e na função de aprendizado.

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  7. Continuação:
    As células-tronco neurais, obtidas do encéfalo em desenvolvimento ou de regiões específi cas do cérebro adulto, como a ZSV
    e o hipocampo, têm potencial muito amplo no que se refere à
    terapias para doenças neurodegenerativas, como Parkinson,
    Alzheimer e lesões na medula espinal. Tem-se estudado muito
    sobre essas células, visando à compreensão dos seus mecanismos de proliferação e diferenciação. Além disso, buscam-se
    estratégias terapêuticas através da sua diferenciação em tipos
    celulares específi cos, como neurônios dopaminérgicos, células
    comprometidas em pacientes com Parkinson.
    Um modelo experimental para estudos da potencialidade das
    células-tronco neurais são as neuroesferas. Estas são agregados
    celulares que crescem em suspensão na presença de fatores de
    crescimento, como FGF-2 ( crescimento, como FGF-2 (fifi broblast growth factor-2 broblast growth factor-2) e EGF
    (epidermal growth factor). Tais células podem diferenciar-se nos três tipos celulares do SNC: neurônios, astrócitos e oligodendrócitos. Cada neuroesfera é derivada de uma
    única célula-tronco que, por divisão assimétrica, dá origem à
    outra célula-tronco e a um progenitor mais comprometido com
    uma linhagem específi ca. Cada progenitor dá origem somente a
    outros progenitores. Assim sendo, apenas uma pequena fração da
    neuroesfera corresponde às verdadeiras células-tronco; a maioria
    são progenitores mais comprometidos.
    As células-tronco neurais, assim como as CTM, além de se
    diferenciarem em tipos celulares específi cos, podem secretar
    fatores de crescimento e citocinas, auxiliando a regeneração no
    local da lesão. Estudos recentes demonstraram que os fatores
    de crescimento FGFs e EGF aumentam a regeneração pós-AVE
    (acidente vascular encefálico). Mostrou-se também que FGFs
    podem causar melhorias em pacientes com Alzheimer, onde
    comprovadamente há a diminuição da neurogênese ou a morte
    dos neurônios recém-nascidos. Porém, como essas moléculas
    são grandes demais para transpor a barreira hematoencefálica,
    as neuroesferas tornam-se potenciais candidatas à terapia gênica,
    sendo modifi cadas geneticamente para a liberação de substâncias
    de interesse diretamente no local da lesão.
    O melhor exemplo de terapia gênica utilizando células-tronco,
    até o momento, é a sua aplicação em modelos animais para Parkinson. Estudos pré-clínicos com roedores e primatas mostraram
    que o GDNF (glial derived neurotrophic factor) teve efeito
    bastante animador em modelos de Parkinson. Após indução de
    lesão da substância negra com 6-OHDA (6-hidroxidopamina) e
    MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina) em roedores e
    primatas, respectivamente, observou-se que a administração local de GDNF causava grande melhora nos testes motores. Além
    do efeito neuroprotetor do GDNF, esse fator pode também atuar
    na proliferação celular, gerando novos neurônios na região da
    lesão. Isso suscitou novas perspectivas para a utilização dessa
    substância em pacientes. Um estudo clínico piloto, com cinco
    pacientes diagnosticados com doença de Parkinson consistiu da
    implantação intraperitoneal de uma bomba de infusão de GDNF
    que, através de um capilar, injetava doses diárias de GDNF
    diretamente no cérebro desses pacientes. Os resultados após
    um ano mostraram que:
    efeitos colaterais clínicos graves não foram detectados;
    houve melhora de 39% no sub-score UPDRS em pacientes sem a medicação L-Dopa;
    os pacientes apresentaram 61% de melhora nas atividades diárias;
    as discinesias devido à medicação foram reduzidas em
    64% e em pacientes sem medicação L-Dopa não foram
    observadas;
    verifi cou-se o aumento de 28% no armazenamento de dopamina, após 18 meses.
    Esse tipo de tratamento, além do risco da infecção devido à
    implantação da bomba de infusão de GDNF, é dispendioso e
    não está ao alcance da população. Há ainda estudos em camundongos mostrando que o implante de neuroesferas secretando
    GDNF no cérebro resultou em aumento da neuroproteção.

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  8. A seqüência lógica indica que o próximo passo em humanos
    será utilizar as neuroesferas, modifi cadas geneticamente, para
    secretar o GDNF no cérebro, sem a necessidade da implantação
    de uma bomba e com um custo muito menor. Porém, ainda são
    necessários muitos estudos para que de fato se possam utilizar
    essas células em pacientes.
    Estudos pré-clínicos, em camundongos com lesão medular,
    mostraram que ocorreu melhora em torno de 50% da função motora e diminuição da alodinia, quando se utilizaram neuroesferas
    modifi cadas geneticamente com o gene Ngn-2, em comparação
    à injeção de neuroesferas não-modifi cadas. Curiosamente, in
    vivo, as neuroesferas modifi cadas diferenciaram-se em oligodendrócitos e não em neurônios, o que seria esperado, já que o gene
    Ngn-2 é um dos genes envolvidos na diferenciação neuronal.
    As neuroesferas não-modifi cadas geneticamente diferenciaramse, preferencialmente, em astrócitos. O fato de as neuroesferas
    que expressam o Ngn-2 se diferenciarem em oligodendrócitos
    parece ser uma boa explicação para a melhora observada, tanto
    na função motora quanto na alodinia.

    Fonte: http://phpsistemas.cpd.ufv.br/noticia/files/anexos/phprVAcBa_5654.pdf

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  9. Uma grande descoberta, que salvará vidas,
    Como as células transplantadas são do paciente a rejeição seria evitada.
    Por:Saline Rocha

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  10. A Caroline trouxe importante contribuição sobre o uso das células-tronco no tratamento de doenças degenerativas cerebrais.

    Aguardo comentários de outros alunos.

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  11. muito interessante a regeneração do tecido nervoso, porque a pouco tempo atrás não acreditava na regeneração. Esse assunto foi tratado na aula de histologia também.

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  12. Comentar aspectos funcionais das células-tronco.

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  13. Discutir aspectos funcionais das células-tronco

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