quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA


A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, que afeta os neurônios responsáveis pelo controle da musculatura voluntária, sendo, portanto, uma doença do sistema motor somático, caracterizada pela degeneração progressiva das células do corno anterior da medula espinhal, núcleos motores do tronco encefálico e córtex motor. A doença foi descrita em 1869 e suas causas permanecem desconhecidas até os dias atuais. Muitos estudos foram e estão sendo realizados na tentativa de esclarecer a etiologia da doença e desenvolver terapias para seu tratamento, mas, apesar do esforço de pesquisadores de vários países, ainda não há uma conclusão. Na realidade o problema é ainda maior, pois, não existe método laboratorial para o diagnóstico, o qual é baseado apenas nos achados clínicos. 
A partir do exame de material de autópsia, é possível identificar nos casos de ELA algumas características histopatológicas, como por exemplo: inclusões intraneuronais contendo ubiquitina, glicose reacional, alterações na morfologia dos neurônios motores, incluindo balonamento, desvio das organelas intracitoplasmáticas para regiões da periferia do corpo celular, neurônios atróficos com núcleo picnótico e presença de estruturas denominadas esferóides axonais. 
Uma das linhas de pesquisa da Profª. Ana M. Blanco Martinez, do Laboratório de Neurohistologia e Ultra-Estrutura do Tecido Nervoso, do Departamento de Histologia e Embriologia da UFRJ, destina-se ao estudo da ELA, particularmente a análise de algumas das proteínas supostamente relacionadas à patogênese da doença. Esse estudo é realizado através de microscopia óptica, utilizando-se colorações básicas e reações imunohistoquímicas em material de autópsia. Para este estudo contamos com a colaboração da Profa. Leila Chimelli, do Depto. de Anatomia Patológica do Hospital Universitário da UFRJ. Além disso, através de colaboração com o Instituto de Neurologia Deolindo Couto, amostras de líquido cefalorraquidiano e sangue de portadores de ELA foram obtidas e estão sendo estudadas por eletroforese bidimensional e Western Blotting. Essas análises trarão informações sobre a composição protéica dessas amostras e futuramente poderão contribuir para o desenvolvimento de marcadores diagnósticos para a doença. 



Postado por: Karina Marques

2 comentários:

  1. Pesquisando um pouco mais sobre o tratamento dessa doença.O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico e acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

    Com muita pesquisa desenvolveram uma droga que inibe a ação tóxica do glutamato, mas não impede a evolução da doença. Os experimentos em andamento com animais apontam a terapia gênica como forma não só de retardar a evolução como possibilidade de reverter o quadro.
    Comentado por: Saline Rocha

    ResponderExcluir
  2. O diagnóstico da doença tem como base aspectos morfofisiológicos das células. Discutir?

    ResponderExcluir