A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença
neurodegenerativa, que afeta os neurônios responsáveis pelo controle da
musculatura voluntária, sendo, portanto, uma doença do sistema motor somático,
caracterizada pela degeneração progressiva das células do corno anterior da
medula espinhal, núcleos motores do tronco encefálico e córtex motor. A doença
foi descrita em 1869 e suas causas permanecem desconhecidas até os dias atuais.
Muitos estudos foram e estão sendo realizados na tentativa de esclarecer a
etiologia da doença e desenvolver terapias para seu tratamento, mas, apesar do
esforço de pesquisadores de vários países, ainda não há uma conclusão. Na
realidade o problema é ainda maior, pois, não existe método laboratorial para o
diagnóstico, o qual é baseado apenas nos achados clínicos.
A partir do exame de material de autópsia, é possível
identificar nos casos de ELA algumas características histopatológicas, como por
exemplo: inclusões intraneuronais contendo ubiquitina, glicose reacional,
alterações na morfologia dos neurônios motores, incluindo balonamento, desvio
das organelas intracitoplasmáticas para regiões da periferia do corpo celular,
neurônios atróficos com núcleo picnótico e presença de estruturas denominadas esferóides
axonais.
Uma das linhas de pesquisa da Profª. Ana M. Blanco
Martinez, do Laboratório de Neurohistologia e Ultra-Estrutura do Tecido
Nervoso, do Departamento de Histologia e Embriologia da UFRJ, destina-se ao
estudo da ELA, particularmente a análise de algumas das proteínas supostamente
relacionadas à patogênese da doença. Esse estudo é realizado através de
microscopia óptica, utilizando-se colorações básicas e reações
imunohistoquímicas em material de autópsia. Para este estudo contamos com a colaboração
da Profa. Leila Chimelli, do Depto. de Anatomia Patológica do Hospital
Universitário da UFRJ. Além disso, através de colaboração com o Instituto de
Neurologia Deolindo Couto, amostras de líquido cefalorraquidiano e sangue de
portadores de ELA foram obtidas e estão sendo estudadas por eletroforese
bidimensional e Western Blotting. Essas análises trarão informações sobre a
composição protéica dessas amostras e futuramente poderão contribuir para o
desenvolvimento de marcadores diagnósticos para a doença.
Disponível
em: http://www.ivdn.ufrj.br/kb_ivdn_v01_00_index.htm
Postado
por: Karina Marques
Pesquisando um pouco mais sobre o tratamento dessa doença.O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico e acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.
ResponderExcluirCom muita pesquisa desenvolveram uma droga que inibe a ação tóxica do glutamato, mas não impede a evolução da doença. Os experimentos em andamento com animais apontam a terapia gênica como forma não só de retardar a evolução como possibilidade de reverter o quadro.
Comentado por: Saline Rocha
O diagnóstico da doença tem como base aspectos morfofisiológicos das células. Discutir?
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