O que são e quais suas principais
formas?
Por seu caráter multidisciplinar atrai a atenção de
diversas áreas e em consequência inúmeras pesquisas são realizadas para
esclarecer sua finalidade, e sua relação com doenças, no geral, relacionadas ao
envelhecimento.
O que é um radical livre?
O termo radical livre é relacionado a um átomo ou uma
molécula altamente reativo, e para que adquirir este comportamento é necessário
que em sua última camada eletrônica exista um número ímpar de elétrons. É este
elétron desemparelhado que confere alta reatividade ao átomo ou molécula.
Os radicais no geral são formados no cenário de óxido-redução, ou seja, cedendo
o elétron ou recebendo um elétron. É conveniente recordar que reações de
redução acarretam no ganho de elétrons e as de oxidação na perda. Na verdade,
radical livre não é o termo ideal para se aplicar também a agentes reativos
patogênicos como o peróxido de hidrogênio que não apresenta elétrons
desemparelhados. Como a maioria é derivada do metabolismo de oxigênio, são
chamados por alguns pesquisadores como “espécies reativas do metabolismo do
oxigênio” (ERMO).
Tais moléculas reativas do metabolismo do oxigênio são localizadas ao longo de
todos os sistemas biológicos. Em aerobiose, o oxigênio sofre redução resultando
em água, mas até chegar ao produto final, tal processo forma inúmeros
intermediários reativos como superóxido, hidroperoxila, hidroxila e peróxido de
hidrogênio.
Quais suas principais formas?
Radical
superóxido éformado após a 1° redução do oxigênio. É um radical que ocorre em
quase todas as células aeróbias, além de serem produzidos durante a ativação
máxima de neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos.
Radical
hidroperoxila é a forma protonada do radical superóxido. Existem evidências de
que o hidroperoxila pe mais reativo queo superóxido devido sua maior facilidade
em iniciar a destruição de membranas biológicas.
Radical
hidroxila é considerada a mais reativas em sistemas biológicos. A combinação
extremamente rápida do OH. Com metais ou outros radicais no próprio sítio onde
foi produzido confirma sua alta reatividade. Dessa maneira, se a hidroxila for
produzido próximo ao DNA e este DNA estiver de alguma maneira fixado a um
metal, poderá ocorrer modificações de bases purínicas e pirimidínicas levando a
inativação ou mutação do DNA. Além disso, a hidroxila pode inativar varias
proteínas (enzimas e membrana celular) ao oxidar seus grupos sulfidrilas a
pontes de dissulfeto. Também pode iniciar a oxidação dos ácidos graxos
polinsaturados das membranas celulares.
Peróxido
de hidrogênio mesmo não sendo um radical livre, pela ausência de elétrons
desemparelhados na última camada, o H2O2 é um metabólito do oxigênio
extremamente deletério, pois participa da reação que produz o OH. Além disso,
tem vida longa e é capaz de atravessar camadas lipídicas podendo reagir com a
membrana eritrocitária e com proteínas ligadas ao ferro. É altamente tóxica
quando associada/presença de ferro, podendo ser ainda mais aumentada.
Oxigênio
singlet é a forma excitada do oxigênio molecular e não possui elétrons
desemparelhados em sua última camada. Poucas doenças são relacionadas à sua
presença, isto mostra que mesmo que as ERMO possam ser mediadoras de doenças,
nem sempre são deletérias como nas defesas contra infecções.
Disponível
em: http://teoriasdoenvelhecimento.blogspot.com.br/2012/09/teoria-do-envelhecimento-celular.html
Postado
por Karina Marques
As espécies ativas de oxigênio (EAO's) além de ter um papel no envelhecimento, e realmente é mais conhecido por este fator, são muito expressas em ambientes estressantes, seja por agentes químicos tóxicos ou alterações ambientais como temperatura por exemplo. As respostas a essas EAO's se dão, principalmente, pela ação de enzimas específicas. A superóxido dismutase é a enzima responsável pela resposta ao radical superóxido, sendo esta a única a responder em organismos aeróbicos. A catalase é a enzima que responde ao peróxido de hidrogênio. A catalase é a enzima que responde com maior eficiência ao peróxido, porém não é considerada a primeira via a ser ativada quando os níveis de peróxido aumentam.
ResponderExcluirAlém das EAO's, existem certas moléculas químicas que funcionam como estes radicais livres, apesar de serem moléculas mais complexas. Certos grupos de agroquímicos e até mesmo hormônios são instáveis, e causam danos a membrana e aos ácidos nucleicos da mesma forma que as EAO's. O sistema de defesa para estes compostos não são as mesmas que ocorrem no metabolismo normal da célula, mas sim por enzimas conhecidas por manter a homeostase-redox da célula, como por exemplo a classe das glutationas e peroxidases, sendo que algumas destas enzimas podem atuar também, secundariamente, nos metabólitos "normais" produzidos pelo mecanismo aeróbico.
Gessica da Costa
A teoria que rege os radicais livres surgiu em 1954, com o Dr. Denham Harmon, que foi o precursor da teoria do envelhecimento como conseqüência da ação dos radicais livres no organismo. Embora possam ser eliminados pelo organismo saudável, muitos são subprodutos do metabolismo celular humano normal, enquanto outros são decorrentes de dietas inadequadas como, da exposição à substâncias tóxicas, etc. Seus efeitos sobre a saúde abrangeria também todas as doenças que nos afligem.
ResponderExcluirRecorrendo à bioquímica, observamos que as moléculas são constituídas por átomos unidos através de ligações químicas formadas por um par de elétrons. Quando as ligações químicas se desfazem, cada fragmento molecular passa a conter um único elétron em sua órbita externa, agora não pareado e ávido por estabelecer nova ligação. Estes fragmentos carregados, instáveis e reativos constituem os radicais livres. Portanto, o termo radical livre é freqüentemente usado para designar qualquer átomo ou molécula com existência independente, contendo um ou mais elétrons não pareados, nos orbitais externos. Isto determina uma atração para um campo magnético, o que pode torná-lo altamente reativo, capaz de reagir com qualquer composto situado próximo à sua órbita externa, passando a ter uma função oxidante ou redutora de elétrons. Os radicais livres atuam como catalisadores, ou pontes, para desencadear reações químicas ou modificações em outras moléculas.
Cada radical livre é capaz de procurar um parceiro rompendo sua ligação química, para se grupar. Nessa busca desenfreada por novos parceiros os radicais livres destroem enzimas, atacam células, motivando nelas sérios danos estruturais ocasionando, como conseqüência, seu mau funcionamento e até a morte celular.
Camila G. S. Fonseca
fonte: http://biobioradicais.blogspot.com.br/
Os radicais livres têm papel na funcionalidade das células?
ResponderExcluirNo final da via transportadora de elétrons, o aceptor final de elétrons é o oxigênio, e o produto deste são os radicais livres. Apesar de serem tóxicos eles são de extrema importância, já que existem vários mecanismos para reutilizar os compostos após a degradação dos radicais livres.
ResponderExcluirGessica da Costa