terça-feira, 27 de novembro de 2012

Casos de câncer cresceram 20% em uma década no mundo, diz ONG.

São registrados 12 milhões de novos casos ao ano - número superior à população da cidade de São Paulo

A incidência de câncer no mundo cresceu 20% na última década, com 12 milhões de novos casos ao ano, informou nesta quarta-feira a ONG World Cancer Research Fund (WCRF). Para efeitos comparativos, na última década, a população global passou de 6,2 bilhões de pessoas para 6,9 bilhões (aumento de cerca de 11%), segundo estatísticas da ONU.
Os cálculos do WCRF, feitos a partir de dados da Organização Mundial da Saúde, apontam que cerca de 2,8 milhões desses casos estão relacionados à alimentação, às atividades físicas e ao peso da população, "número que deve crescer dramaticamente ao longo dos próximos dez anos", segundo a ONG.
O alerta é feito em antecipação à conferência da ONU, entre 19 e 20 de setembro, sobre as chamadas doenças não transmissíveis - câncer, males cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e diabetes. "As doenças não transmissíveis são uma ameaça ao mundo inteiro e, em particular, países em desenvolvimento", diz comunicado da WCRF.

Brasil
No caso do Brasil, os dados mais recentes levantados na pesquisa, disponibilizados pelo banco de dados Globocan, da OMS, datam de 2008 e apontam que os tipos mais comuns de câncer são, entre os homens, o de próstata (com 41,6 mil casos registrados) e pulmão (16,3 mil). Entre as mulheres brasileiras, a maior incidência era de câncer de mama (42,5 mil casos) e de colo do útero (24,5 mil).
Para a WCRF, também aqui muitos casos de câncer têm relação com o estilo de vida. "Estimamos que cerca de 30% dos tipos de câncer que estudamos no Brasil estão relacionados à dieta, às atividades físicas e ao peso", disse por e-mail à BBC Brasil um porta-voz da ONG, Richard Evans. "Com relação ao câncer de intestino, um dos tipos de câncer mais ligados ao estilo de vida, estimamos que 37% dos casos brasileiros estejam relacionados a esses fatores."

Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, apontam um ritmo crescente de obesidade entre as crianças brasileiras: cerca de 16% dos meninos e 12% das meninas com idades entre 5 e 9 anos são hoje obesas no país, quatro vezes mais do que há 20 anos. O aumento recente da renda média do brasileiro levou à substituição dos alimentos naturais pelos industrializados e a maiores níveis de estresse e sedentarismo, que estão por trás do crescimento dos índices de obesidade na população, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil em agosto. O movimento foi acompanhado por um aumento nas taxas de excesso de peso, que passaram de 42,7%, em 2006, para 48,1%, em 2010, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

Disponível em: http://saude.ig.com.br/

Postado por: PRISCILA VEIGA.

2 comentários:

  1. 27/11/2012 Dia Nacional de Combate ao Câncer.
    Alguns exemplos de estratégias de prevenção são:

    Evitar contato com carcinógenos (substâncias que causam câncer), por exemplo, evitar o contato, sem proteção, com alguns solventes utilizados na indústria, para prevenir câncer de pulmão, orofaringe (boca e garganta) e bexiga.

    Modificar hábitos de dieta ou de vida que alterem uma predisposição genética a um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar o fumo (uso de tabaco) em qualquer uma de suas formas ou a ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica, para prevenir câncer de pulmão, esôfago e orofaringe;

    Evitar uma exposição ambiental que esteja relacionada a uma maior incidência de um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar a exposição ao sol nos horários em que os raios ultravioleta estão mais fortes, como das 10 às 16 horas, para prevenir câncer de pele.

    Alterar o efeito de determinada substância sobre um determinado órgão que poderia estar relacionada a um determinado tipo de câncer, por exemplo, o uso de antiestrogênios, para prevenir câncer de mama.

    Tratar lesões pré-malignas, por exemplo, retirar lesões do colo uterino antes que se tornem malignas, para prevenir câncer de colo uterino.


    Todas essas medidas são baseadas em vários estudos científicos, nos quais se observou ou se testou uma determinada atitude que se mostrou efetiva na diminuição do número de novos casos de câncer.
    Estes estudos são muito difíceis de ser realizados não só pelo seu custo, mas também por dificuldades metodológicas específicas de se poder afirmar que determinado elemento está relacionado diretamente com a causa de uma específica doença. Porém, eles são muito importantes e extremamente proveitosos se forem comparados com o custo médico e pessoal que está envolvido no fato de uma pessoa receber o diagnóstico de que está com câncer.


    Disponível em:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?344

    Postado por: Karine Ferraz Sperling.

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  2. Relacionar a matéria com a área de Biologia Celular?

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