Cientistas afirmam ter conseguido transformar, em laboratório, células
da própria pele de pacientes em tecido de coração.
Em última análise, eles esperam que células-tronco possam ser utilizados
para tratar pacientes com insuficiência cardíaca.
Como as células transplantadas são do paciente, o problema da rejeição
de tecidos seria evitado, disseram os cientistas ao European Heart Journal.
Os primeiros testes em animais mostraram-se promissores, mas o
tratamento ainda está a anos de ser usado em pessoas.
Especialistas têm usado cada vez mais células-tronco para tratar uma
variedade de problemas cardíacos e outras condições como a diabetes, doença de
Parkinson ou Mal de Alzheimer.
As células-tronco são importantes porque têm a capacidade de se
transformar em diferentes tipos de células, e os cientistas estão trabalhando
para levá-las a reparar ou regenerar órgãos danificados ou tecidos.
'Nova e emocionante'
No mais recente estudo, uma equipe de Israel usou células da pele de
dois homens com insuficiência cardíaca e as misturou, em laboratório, a um
coquetel de genes e produtos químicos.
As células-tronco que eles criaram eram idênticas às células musculares
saudáveis do coração. Quando estas células foram transplantadas para um rato,
eles começaram a fazer ligações com o tecido do coração no entorno.
O professor pesquisador Lior Gepstein, disse: "O que é novo e
instigante nessa pesquisa é que mostramos que é possível retirar células da
pele de um paciente idoso com insuficiência cardíaca avançada e chegar a uma
amostra de laboratório de células saudáveis e jovens - em estágio equivalente
ao das células do coração quando o paciente nasceu".
Os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários antes que possam
começar os testes em seres humanos.
Dr. Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Esta é
uma área muito promissora de estudo. No entanto, ainda temos um caminho a
percorrer antes que essas descobertas possam ser aplicadas."
postado por: Geovanna B. S. Ambrosio
E aí está mais uma inovação das células tronco. Ando acreditando que com essas pesquisas sobre as c.t. muita coisa tende a mudar.Imaginem como seria se conseguissem a partir delas desenvolver células nervosas.
ResponderExcluirAss: Herbert
As células tronco são a chave para cura ou o atrasamento de doenças degenerativas, como a doença de Parkinson ou o Mal de Alzheimer, principalmente por terem grande capacidade de diferenciação, acho que os cientistas estão andando pelo caminho certo, mesmo que ainda falte muito estudo e muita luta para utilizar as células tronco, dependendo de onde forem, como por exemplo as células do embrião, porque aí vai toda uma questão religiosa também.
ResponderExcluirAss: Renata H. Parrino
Muito produtivo os comentários. Como as células-tronco poderiam promover a cura ou retardar a progressão(ao invés de atrasamento) das doenças degenerativas do cérebro?
ResponderExcluirRelacionar melhor o estudo das células-tronco com a área de Biologia Celular.
ResponderExcluirEstou aguardando respostas para as questões acima?
ResponderExcluirREGENERAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ResponderExcluirHá cerca de 50 anos ainda se acreditava que o sistema
nervoso adulto não seria capaz de se regenerar após trauma
ou lesão. Na década de 1960, Altman mostrou que células,
em divisão no encéfalo adulto, poderiam originar novos
neurônios, fato confi rmado por Kaplan na década de 1970.
O fenômeno da neurogênese foi observado pela primeira vez
em pássaros na década de 1980. Na década de 1990, células-tronco neurais multipotentes foram isoladas do encéfalo
de roedores adultos. Posteriormente, observou-se a neurogênese em roedores adultos e primatas e, finalmente, em
humanos adultos. Recentemente, demonstrou-se a presença
de novos neurônios no hipocampo, funcionais no sistema
nervoso adulto.
A descoberta da neurogênese em regiões específi cas do encé-
falo adulto, como a zona subventricular (ZSV), o hipocampo e
o bulbo olfatório trouxe novas perspectivas para as pesquisas
relacionadas à terapia celular e regeneração do sistema nervoso.
Pesquisas recentes mostraram que a neurogênese está intimamente relacionada a exercícios físicos e atividades que sejam
prazerosas. Camundongos submetidos a diferentes atividades
físicas espontâneas (mas não as forçadas) tiveram aumento na
neurogênese e na função de aprendizado.
Continuação:
ResponderExcluirAs células-tronco neurais, obtidas do encéfalo em desenvolvimento ou de regiões específi cas do cérebro adulto, como a ZSV
e o hipocampo, têm potencial muito amplo no que se refere à
terapias para doenças neurodegenerativas, como Parkinson,
Alzheimer e lesões na medula espinal. Tem-se estudado muito
sobre essas células, visando à compreensão dos seus mecanismos de proliferação e diferenciação. Além disso, buscam-se
estratégias terapêuticas através da sua diferenciação em tipos
celulares específi cos, como neurônios dopaminérgicos, células
comprometidas em pacientes com Parkinson.
Um modelo experimental para estudos da potencialidade das
células-tronco neurais são as neuroesferas. Estas são agregados
celulares que crescem em suspensão na presença de fatores de
crescimento, como FGF-2 ( crescimento, como FGF-2 (fifi broblast growth factor-2 broblast growth factor-2) e EGF
(epidermal growth factor). Tais células podem diferenciar-se nos três tipos celulares do SNC: neurônios, astrócitos e oligodendrócitos. Cada neuroesfera é derivada de uma
única célula-tronco que, por divisão assimétrica, dá origem à
outra célula-tronco e a um progenitor mais comprometido com
uma linhagem específi ca. Cada progenitor dá origem somente a
outros progenitores. Assim sendo, apenas uma pequena fração da
neuroesfera corresponde às verdadeiras células-tronco; a maioria
são progenitores mais comprometidos.
As células-tronco neurais, assim como as CTM, além de se
diferenciarem em tipos celulares específi cos, podem secretar
fatores de crescimento e citocinas, auxiliando a regeneração no
local da lesão. Estudos recentes demonstraram que os fatores
de crescimento FGFs e EGF aumentam a regeneração pós-AVE
(acidente vascular encefálico). Mostrou-se também que FGFs
podem causar melhorias em pacientes com Alzheimer, onde
comprovadamente há a diminuição da neurogênese ou a morte
dos neurônios recém-nascidos. Porém, como essas moléculas
são grandes demais para transpor a barreira hematoencefálica,
as neuroesferas tornam-se potenciais candidatas à terapia gênica,
sendo modifi cadas geneticamente para a liberação de substâncias
de interesse diretamente no local da lesão.
O melhor exemplo de terapia gênica utilizando células-tronco,
até o momento, é a sua aplicação em modelos animais para Parkinson. Estudos pré-clínicos com roedores e primatas mostraram
que o GDNF (glial derived neurotrophic factor) teve efeito
bastante animador em modelos de Parkinson. Após indução de
lesão da substância negra com 6-OHDA (6-hidroxidopamina) e
MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina) em roedores e
primatas, respectivamente, observou-se que a administração local de GDNF causava grande melhora nos testes motores. Além
do efeito neuroprotetor do GDNF, esse fator pode também atuar
na proliferação celular, gerando novos neurônios na região da
lesão. Isso suscitou novas perspectivas para a utilização dessa
substância em pacientes. Um estudo clínico piloto, com cinco
pacientes diagnosticados com doença de Parkinson consistiu da
implantação intraperitoneal de uma bomba de infusão de GDNF
que, através de um capilar, injetava doses diárias de GDNF
diretamente no cérebro desses pacientes. Os resultados após
um ano mostraram que:
efeitos colaterais clínicos graves não foram detectados;
houve melhora de 39% no sub-score UPDRS em pacientes sem a medicação L-Dopa;
os pacientes apresentaram 61% de melhora nas atividades diárias;
as discinesias devido à medicação foram reduzidas em
64% e em pacientes sem medicação L-Dopa não foram
observadas;
verifi cou-se o aumento de 28% no armazenamento de dopamina, após 18 meses.
Esse tipo de tratamento, além do risco da infecção devido à
implantação da bomba de infusão de GDNF, é dispendioso e
não está ao alcance da população. Há ainda estudos em camundongos mostrando que o implante de neuroesferas secretando
GDNF no cérebro resultou em aumento da neuroproteção.
A seqüência lógica indica que o próximo passo em humanos
ResponderExcluirserá utilizar as neuroesferas, modifi cadas geneticamente, para
secretar o GDNF no cérebro, sem a necessidade da implantação
de uma bomba e com um custo muito menor. Porém, ainda são
necessários muitos estudos para que de fato se possam utilizar
essas células em pacientes.
Estudos pré-clínicos, em camundongos com lesão medular,
mostraram que ocorreu melhora em torno de 50% da função motora e diminuição da alodinia, quando se utilizaram neuroesferas
modifi cadas geneticamente com o gene Ngn-2, em comparação
à injeção de neuroesferas não-modifi cadas. Curiosamente, in
vivo, as neuroesferas modifi cadas diferenciaram-se em oligodendrócitos e não em neurônios, o que seria esperado, já que o gene
Ngn-2 é um dos genes envolvidos na diferenciação neuronal.
As neuroesferas não-modifi cadas geneticamente diferenciaramse, preferencialmente, em astrócitos. O fato de as neuroesferas
que expressam o Ngn-2 se diferenciarem em oligodendrócitos
parece ser uma boa explicação para a melhora observada, tanto
na função motora quanto na alodinia.
Fonte: http://phpsistemas.cpd.ufv.br/noticia/files/anexos/phprVAcBa_5654.pdf
Uma grande descoberta, que salvará vidas,
ResponderExcluirComo as células transplantadas são do paciente a rejeição seria evitada.
Por:Saline Rocha
A Caroline trouxe importante contribuição sobre o uso das células-tronco no tratamento de doenças degenerativas cerebrais.
ResponderExcluirAguardo comentários de outros alunos.
muito interessante a regeneração do tecido nervoso, porque a pouco tempo atrás não acreditava na regeneração. Esse assunto foi tratado na aula de histologia também.
ResponderExcluirComentar aspectos funcionais das células-tronco.
ResponderExcluirDiscutir aspectos funcionais das células-tronco
ResponderExcluir